A gestora de fundos Franklin Templeton anunciou que está mapeando todas as fintechs ativas no Brasil com o objetivo de analisar seus algoritmos de concessão de crédito. A intenção é escolher cerca de 12 projetos para compor um grupo cujas debêntures e cotas de fundos de recebíveis farão parte da carteira de um fundo que será oferecido aos investidores.
A notícia foi divulgada nesta semana pelo portal Money Times, e informa que a gestora quer lançar neste ano um fundo composto por crédito de fintechs locais, que pretende ser o primeiro do tipo no mercado brasileiro. A empresa estaria querendo aproveitar o cenário de juros baixos e expectativa de retomada econômica.
De acordo com a reportagem, a companhia tem planos de captar R$ 500 milhões em 12 meses e R$ 2 bilhões em três anos com o fundo. A expectativa é aproveitar a migração dos investidores para o crédito privado em busca de maiores retornos, já que a Selic está no piso histórico de 5,5%.
A Templeton já investe diretamente em duas fintechs brasileiras. Num primeiro movimento ela comprou debêntures no valor de R$ 50 milhões da Rebel, startup focada em empréstimo pessoal. Depois o alvo foi a Weel, fintech que atua com antecipação de recebíveis para pequenas e médias empresas. Neste caso a Templeton fez um empréstimo conversível em ações de US$ 30 milhões.
A gestora norte-americana administra globalmente US$ 700 bilhões em mais de 170 países. No Brasil, suas principais estratégias são Renda Variável, Renda Fixa e Multimercado e fundos de Investimento no Exterior.