Um levantamento divulgado pela Accenture ontem (12) feito com base em dados da CB Insights, empresa global de dados e análises financeiras, revelou que os investimentos em fintechs brasileiras aumentaram em quase três vezes no ano passado. O estudo informa que o país alcançou a marca de US$ 1,6 bilhão e com isso passou a ocupar a quinta posição no ranking dos maiores centros de captação de fundos de fintechs do mundo.
Uma reportagem publicada pelo portal TI Inside sobre o assunto afirma que o crescimento foi puxado por investimentos como a injeção de US$ 400 milhões no Nubank, maior fintech do país, e a de US$ 344 milhões no Banco Inter.
No mundo todo, o número de transações entre fintechs aumentou 6,8% em 2019, chegando a 3.472, o que também é um volume recorde. Apesar disso, essa foi a taxa de crescimento mais baixa dos últimos nove anos, sugerindo que a atividade em mercados mais maduros pode estar se estabilizando, enquanto ganha força nos novos centros de fintechs.
Nos EUA, por exemplo, o número de transações cresceu apenas 6,9% e 2% no Reino Unido. Mesmo assim, o valor dos negócios nos EUA aumentou 54%, chegando a US$ 26,1 bilhões. Já no Reino Unido, o montante de dinheiro envolvido nas transações cresceu 63%, chegando a US$ 6,3 bilhões.
Já os volumes das transações registradas na região Ásia-Pacífico foram muito mais altos – 11% no Japão, 16% na Austrália e 52% na Singapura – assim como na Europa, com ganhos de 37% na Alemanha e 79% na Suécia.
Segundo a Accenture, apesar da forte demanda global pelas fintechs, a previsão é que com o amadurecimento das startups os investimentos sejam direcionados cada vez mais aos países com economias em crescimento, onde ainda existem diversas oportunidades para inovações no mercado de consumo e corporativo.