A pandemia de Covid-19 está aumentando a necessidade de os consumidores agregarem contas e obterem informações sobre sua saúde financeira, fatores que são considerados como impulsionadores à adoção do Open Banking. Com isso, o número total de usuários do novo sistema dobrará entre 2019 e 2021. Esta é a principal constatação de um novo estudo publicado ontem (18) pela Juniper Research. Segundo o levantamento o volume passará de 18 milhões no final do ano passado para 40 milhões em dezembro do ano que vem.
Esse crescimento extraordinário está sendo impulsionado pela Europa, onde a abordagem do Open Banking liderada por reguladores criou um mercado padronizado, com baixas barreiras à entrada. Isso contrasta com mercados como os EUA, onde a falta de intervenção regulatória estaria
limitando o potencial de crescimento segundo o estudo.
Em nota à imprensa a Juniper afirma que a pesquisa intitulada Open Banking: Oportunidades, Desafios e Previsões de Mercado 2020-2024, identificou que o Open Banking pode ser uma ameaça e uma oportunidade para os bancos tradicionais. Enquanto o Open Banking expõe informações do usuário e acesso a concorrentes em potencial, essa ameaça é igual a todos os participantes do mercado. Como tal, a pesquisa recomenda que os bancos estabelecidos criem serviços inovadores de Open Banking que forneçam benefícios ao usuário e atraiam clientes de concorrentes menos inovadores.
O autor da pesquisa, Nick Maynard, explica: “Os bancos devem adotar o Open Banking como uma chance de capitalizar suas jornadas de transformação digital em andamento e introduzir serviços inovadores ativados pelas APIs abertas, ou correr o risco de perder para uma concorrência mais ágil digital”.
O trabalho identificou que os pagamentos serão críticos para o ecossistema emergente de Open Banking; representando mais de US $ 9 bilhões em 2024. No entanto, os pagamentos nesse ecossistema estão em um estágio inicial. O estudo destaca que o comércio eletrônico é dominado pelas redes de cartões, mas há potencial para que essa função seja corroída ao longo do tempo por pagamentos “diretos da conta”. A pesquisa recomenda que as redes de cartões ofereçam serviços de pagamento habilitados para Open Banking para compensar o risco de interrupções futuras.