A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informou que o volume de investimento captado via crowdfunding alcançou um total de R$ 84.401.300 no Brasil em 2020. O volume representa um aumento de 43% em relação aos R$ 59.043.689 de 2019. O valor também é 10 vezes superior aos R$ 8.342.924 captados em 2016, ano anterior à regulamentação específica sobe o assunto pelo órgão.
Em comunicado à imprensa a CVM afirma que os dados revelam ainda uma evolução de 23% no número de investidores, passando de 6.720 para 8.275, durante o período comparado. No ano de início da pandemia no país, o número de ofertas lançadas cresceu de 81 para 106, e de ofertas fechadas com sucesso, de 60 para 74.
“Percebemos que, apesar da crise econômica decorrente do enfrentamento da pandemia, os números relacionados ao crowdfunding demonstram que o mecanismo não só continuou crescendo como foi um importante aliado dos emissores de pequeno porte para atravessar esse ano tão difícil”, analisa Antonio Berwanger, Superintendente de Desenvolvimento de Mercado (SDM).
Os dados da evolução deste mercado mostraram que o número de plataformas chegou a 32 em 2020. O valor médio de captação por oferta também bateu recorde, chegando a R$ 1.140.558,10. O investimento médio por investidor passou de R$ 8.786,26 em 2019 para R$ 10.199,55 em 2020.
O crowdfunding de investimento se tornou um importante instrumento de captação de recursos para as startups, que precisam de capital financeiro para desenvolverem produtos ou serviços. A CVM regulamenta esse modelo, também conhecido como “investimento coletivo” ou “investimento colaborativo”, por meio da Instrução CVM 588.
Em troca dos recursos as empresas com receita anual de até R$ 10 milhões oferecem aos investidores diferentes tipos de títulos, com características e prazos específicos, normalmente estabelecidos em um contrato de investimento.