O relatório semestral sobre tendências de investimento em startup financeiras, Pulse of Fintech, divulgado hoje (10) pela KPMG revela que o financiamento global neste tipo de empreendimento registrou novos patamares de crescimento no primeiro semestre de 2021. Segundo o estudo, a forte atividade em todo o mundo levou o montante total a saltar de US $ 87,1 bilhões nos primeiros seis meses de 2020 para US $ 98 bilhões no mesmo período deste ano.
Entre as razões apontadas para este desempenho se destaca a pressão sofrida pelo mercado para aumentar a velocidade da transformação digital e aprimorar recursos digitais. Os autores da análise afirmam que as empresas foram particularmente ativas em negócios de risco, participando de quase US $ 21 bilhões em investimentos em quase 600 negócios em todo o mundo, com muitos percebendo que é mais rápido fazer isso em parceria seja investindo ou adquirindo fintechs.
“O investimento geral em fintech atingiu um recorde no primeiro semestre de 2021, à medida que os investidores, principalmente empresas e investidores de capital de risco, fizeram grandes apostas nos líderes de mercado em várias jurisdições e em quase todos os subsetores”, disse Ian Pollari, Global Fintech Co- da KPMG. “Grandes rodadas de financiamento, altas avaliações e saídas bem-sucedidas ressaltam a tese de que o envolvimento digital de clientes que se acelerou durante a pandemia veio para ficar”, disse.
Olhando para o segundo semestre de 21, a KPMG estima que o investimento total em fintech deve permanecer muito robusto na maioria das regiões do mundo. Embora se espere que o espaço de pagamentos continue a ser um impulsionador dominante do investimento em fintech, as soluções de financiamento baseadas em receita, os modelos de serviços bancários como um serviço e os serviços B2B devem atrair níveis crescentes de investimento. Dado o aumento nas transações digitais e o subsequente aumento nos ataques cibernéticos e ransomware, as soluções de segurança cibernética provavelmente também estarão no radar dos investidores.
“Fintech é uma área incrivelmente quente de investimento no momento – e não se espera que mude tão cedo, dado o número crescente de centros de fintech que atraem investimentos e crescentes tamanhos de negócios e avaliações”, disse Anton Ruddenklau, co-líder global de Fintech da KPMG. “À medida que avançamos para o segundo semestre, prevemos que mais consolidação ocorrerá, particularmente em áreas de fintech maduras, já que as fintechs procuram se tornar o player dominante do mercado regional ou globalmente”, conclui.