Com uma operação especializada em originar crédito ao pequeno produtor rural, formalizar o empréstimo e controlar o recebimento, a Nagro, fintech anunciou quinta-feira (12) que seu FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) já arrecadou R$ 35 milhões, metade do montante previsto para o primeiro ano do projeto. Até o final de 2023, a meta da empresa é alcançar R$ 400 milhões, montante suficiente para ofertar recursos a cerca de 35 mil produtores rurais.
Segundo reportagem da revista Forbes, o Crédito Nagro, que iniciou um piloto com ticket de até R$ 15 mil já chega em um valor médio de R$ 100 mil, para pequenos e médios produtores, contabilizando um atendimento de cerca de 800 operações.
O CEO da Nagro, Gustavo Alves, afirmou à publicação que havia uma demanda reprimida na concessão de crédito ao produtor e isso fez com que a operação da Nagro tivesse um crescimento de 30% ao mês. A revista informa que o faturamento da Nagro apresentou incremento de 50% no primeiro ano de operação, chegando a R$ 500 no fim de 2020. Para este ano, a projeção é crescer 400%.
Além de conceder crédito, a Nagro criou há pouco mais de um ano a plataforma de verificação de endividamento AgRisk, que conta com 80 clientes. Entre eles estão a UPL, multinacional indiana do setor de agroquímicos, e a cooperativa paulista Coopercitrus, que atua na produção, insumos e máquinas agrícola, que já realizaram mais de 55 mil análises.
A Nagro tem como meta dobrar o número de funcionários, saltando de 50 para 100 pessoas até o fim de 2022. Cerca de 10% dos negócios são originados de indicações de produtores rurais que já tomaram crédito com a agfintech. Mas a conquista de novos clientes também conta com pequenos revendedores, grandes cooperativas que reúnem produtores e indústrias de insumos agrícolas que servem a esse público.