A fintech KeyCash, focada no mercado imobiliário, anunciou na terça-feira (26) ter finalizado uma rodada de captação de R$185 milhões que vai ampliar a capacidade da empresa para expandir suas operações tanto em área geográfica quanto em volume de crédito oferecido aos clientes. A transação foi coordenada pelo Banco Modalmais, que adquiriu cerca de 11% da operação no fim de setembro.
Baseada em uma plataforma de Machine learning, a KeyCash atua nacionalmente e já contabiliza cerca de R$ 600 milhões em aprovações de créditos com projeção para R$ 3 bilhões em 2025. A fintech libera até 60% do valor do imóvel em crédito com taxa a partir de 0,82% para pessoas que desejam mudar suas vidas, ter dinheiro na mão para investir em seu negócio, fazer uma reforma ou comprar um imóvel adicional, alavancar projetos pessoais ou até mesmo para pagar dívidas com taxas de juros mais elevadas.
Na semana anterior, a KeyCash havia firmado uma parceria com o Imovelweb, um dos maiores portais imobiliários do Brasil, para oferecer empréstimo pessoal com condições diferenciadas e usar o imóvel quitado como garantia também naquela plataforma. Assim, o Imovelweb amplia seu portfólio de serviços financeiros, que engloba crédito pessoal, financiamento, seguro fiança, consórcio, leilões e investimentos imobiliário.
“Com essa nova rodada, a companhia entra num rol de empresas que realmente chamam a atenção do mercado. Temos um primeiro produto que é prioritariamente B2B2C, que opera com uma centena de parceiros e com uma grande capilaridade. Somos uma fintech que oferece soluções financeiras para o Mercado Imobiliário”, explica o diretor da KeyCash Paulo Humberg.
Em comunicado à imprensa, a empresa afirma que após dois anos desenvolvendo sua plataforma DREAM (Digital Real Estate Algorithm Machine), formada por um núcleo com centenas de robôs e complexos algoritmos de Machine Learning, os processos de avaliação e valoração dos imóveis ficaram simples e um dos mais rápidos e precisos do mercado.
Nos últimos 3 ou 4 meses, a KeyCash teve mais de R$ 250 milhões mensais de demanda de crédito. Estima-se que este mercado deve crescer de 60 a 80% em 2021. “Temos funding próprio, de fundos que captamos. O horizonte indica que estamos num contexto muito favorável. A tecnologia vai melhorando os processos naturalmente. Exemplos como o Poupatempo e a Carteira Digital do SUS, mostram isso e logo os cartórios vão estar completamente digitalizados”, acredita Humberg.
Segundo a nota, atualmente estima-se que apenas o mercado brasileiro de home equity esteja com uma carteira de R$ 12 bilhões . Contudo, o próprio Banco Central projeta que esse tipo de crédito pode alcançar R$ 500 bilhões com o open banking e a evolução do processo de digitalização de registros de imóveis nos cartórios. Segundo esse cálculo, dos R$ 15 trilhões aplicados em imóveis no Brasil, ao menos R$ 6 trilhões são quitados e passíveis de uso como garantia. Se imaginarmos uma penetração de 9% do segmento, esse mercado potencial somaria centenas de bilhões.