A fintech especializada em previdência privada Saks anunciou nesta semana a aquisição do agente de valores DIF Markets. O objetivo é começar a oferecer opções previdenciárias internacionais na sua plataforma. De acordo com a startup, a DIF permitirá que a empresa acumule recursos em outra moeda, principalmente o dólar, oferecendo produtos de renda fixa como títulos do Tesouro dos Estados Unidos.
A avaliação é de que existe inclusive a possibilidade de ofertar ouro e commodities negociadas na bolsa de Chicago ou Amsterdã, além de outros mercados futuros.
O CEO da companhia, Luiz Bacellar, afirma que a meta de crescimento com uma maior prateleira de ativos é saltar de R$ 750 milhões em ativos transacionados para R$ 3 bilhões até o fim do ano.
Bacellar avalia que o mercado de previdência ainda não foi alvo de disrupção, diferente do que ocorreu em crédito, investimento e bancos tradicionais. “Apesar de o Brasil ter um volume de R$ 1,3 trilhão alocados em previdência privada, a maior parte desse montante está entre as pessoas mais afortunadas”, afirma.
O CEO da Saks acredita ser um problema que grande parte das pessoas ainda dependam do INSS para previdência ou deixem seus recursos para a aposentadoria na caderneta de poupança. O empreendedor considera que, mesmo para quem tem capital e educação financeira para buscar produtos mais rentáveis, há pouca oportunidade de diversificação internacional.
O desafio, ao oferecer essa variedade de opções de investimento aos clientes, é manter a plataforma simples o bastante. “Estamos desenvolvendo inteligência artificial para automatizar as melhores recomendações. Com aprendizado de máquinas [machine learning] vai ser possível aprender com a vida financeira do cliente e ir adaptando as sugestões para melhorar seu planejamento de longo prazo”, diz.