A intensificação do processo inflacionário mundial, que em 2021 atingiu grande parte dos insumos necessários para o dia a dia da fazenda, deixando as contas do produtor de leite bem apertadas, impulsionou a busca por soluções. Uma delas atende pelo nome de RumiCash, a primeira fintech a fazer a intermediação de crédito e adiantamento ao produtor de leite baseado na sua eficiência produtiva.
Na pecuária leiteira, não é incomum que os produtores enfrentem prazos longos para o recebimento sobre sua produção, e em alguns casos importantes laticínios estruturam linhas de crédito e adiantamento aos produtores também com a intenção de gerar uma fidelização.
“A burocracia é inimiga do produtor rural. Ela retarda processos de uma cadeia que não pode desacelerar e aguardar o trâmite dos papéis, mais ainda quando falamos dos produtores de leite”, comenta Gabriela Borlido, diretora da RúmiCash, o braço de soluções financeiras da Rúmina.
Desta forma, a iniciativa pioneira tem como objetivo fortalecer toda a cadeia láctea, uma vez que os pecuaristas que se preocupam com o manejo adequado dos animais e a qualidade do leite são beneficiados com melhores condições da dívida, e os que precisam de melhorias se sentem incentivados a buscar por elas.
“Nós pensamos em todos os processos burocráticos do crédito para o pequeno e médio produtor, e principalmente como agilizar para que esse dinheiro chegue rápido aonde ele precisa. Estruturamos um processo junto com os laticínios, que nos permite analisar o histórico operacional e financeiro do produtor de leite, e, baseado nesse histórico, facilitamos o seu acesso ao crédito,” explica Borlido.
Segundo ela, se por um lado o produtor tem acesso ao dinheiro com menos complicações pelo caminho, por outro os laticínios também se favorecem. “Este processo todo com os laticínios é realmente uma parceria, a gente sabe que o crédito e o adiantamento por meio deles também acontece, mas para isso eles precisam destinar uma parte do seu pessoal para lidar com algo que não é o negócio-chave da empresa. A gente entra para aliviar a sobrecarga dos laticínios, fazer a ponte e deixar o laticínio focado no que ele se especializou: a transformação do leite in natura”, conta a diretora.