A empresa global de inteligência tecnológica ABI Research publicou ontem (28) a previsão de que as remessas de cartões de pagamento cheguem a 3,029 bilhões em 2022, o que representaria uma ligeira queda em relação aos 3,11 bilhões de remessas em 2021. O estudo estima que o setor deve começar a verificar uma capacidade adicional disponível no final de 2023. No entanto, a recuperação não corresponderá aos níveis de emissão observados nos anos anteriores à COVID.
“Apesar de mais um ano de declínio nas emissões, o mercado conseguiu minimizar o impacto devido à colaboração mais próxima com os bancos emissores e ao utilizar os níveis de estoque existentes para minimizar os impactos da oferta. Atividade melhor do que o esperado na América Latina, juntamente com a continuação do crescimento de baixo nível na Europa, quase contrabalançaram as reduções significativas do mercado na América do Norte, que caíram em relação ao ano anterior, impulsionadas pelos EUA e seus ciclos de reemissão”, explica Sam Gazeley, analista de pesquisa de tecnologias de pagamento digital da ABI Research.
A empresa avalia que o crescimento será limitado em comparação com as expectativas anteriores devido à continuação das restrições de fornecimento de chips, aumentos nos custos de componentes, materiais e cadeia de suprimentos, bem como consumidores que procuram reduzir gastos e dívidas sempre que possível, devido ao aumento global da inflação e dos custos de energia o que contribuirá para menores volumes de transações em um futuro próximo.
“Uma recuperação para os níveis de emissão padrão provavelmente não se tornará realidade até por volta de 2025, coincidindo com a resolução de restrições de oferta, reposição de estoque esgotado e, a partir de 2023, um aumento na produção de chips que fechará a lacuna entre demanda e oferta”. Gazeley conclui.