IA generativa é o investimento mais importante para 73% dos CEOs bancários

A pesquisa “2023 Banking CEO Outlook”, conduzida pela KPMG com 142 CEOs do setor bancário constatou que para 73% destes executivos, a Inteligência Artificial (IA) generativa é a oportunidade de investimento mais importante para suas empresas. Apesar disso, eles também estão cientes dos desafios para essa implementação, com 55% observando competências tecnológicas, habilidades em IA e custo da implementação sendo altamente desafiadores. Ainda assim, a expectativa é otimista sobre os benefícios desta tecnologia, com 74% prevendo um retorno sobre esses investimentos em cinco anos, e 23% prevendo que isso ocorra em três anos.

Outros aspectos observados no trabalho mostram que a confiança dos CEOs do setor bancário no crescimento da economia global nos próximos três anos oscilou de 72% para 70%. Contudo, a expectativa deles de crescimento do setor caiu de 84% para 76%, e a confiança no crescimento de suas empresas diminuiu de 82% para 76%. Além disso, embora 80% desses executivos acreditem que o aumento nas taxas de juros e as persistentes políticas de inflação poderiam prolongar uma eventual recessão, 89% preveem lucros nos próximos três anos, uma queda comparando com 96% que disseram o mesmo em 2022.

“A publicação evidencia uma confiança no crescimento do setor bancário, embora as convicções estejam diminuindo. Essa queda na confiança pode estar relacionada com a crescente aceitação de que a incerteza política e as previsões de recessões técnicas de curta duração podem ser mais frequentes do que o previsto anteriormente. Ainda assim, há estratégias importantes para as empresas crescerem e, certamente, os CEOs estão buscando as melhores decisões”, afirma Cláudio Sertório, sócio líder de Serviços Financeiros da KPMG no Brasil.

O conteúdo evidenciou também que, apesar de a maioria dos CEOs do setor demonstrarem otimismo com o crescimento dos negócios e o potencial de fusões e aquisições, o entusiasmo pelo crescimento inorgânico caiu um pouco, com muitos afirmando que devem primeiramente testemunhar condições de mercado estáveis (28%) ou a disponibilidade de financiamento (20%) antes de priorizar oportunidades de crescimento inorgânico. Outro dado é que o apetite atual por fusões e aquisições sugere que eles ainda buscam oportunidades para a consolidação de mercado, aquisição de players de tecnologia financeira, ou expansão seletiva da linha de negócios. Os líderes também destacaram áreas prioritárias de crescimento no curto prazo, com 54% prontos para investirem mais em novas tecnologias.

Sobre ESG, os CEOs do setor bancário continuam investindo na área, com 63% acreditando que fatores ESG estão totalmente incorporados às suas empresas como um meio de geração de valor. Eles também expressaram que sua estratégia ESG terá mais impacto no relacionamento com clientes (29%), moldando alocações de capitais, estratégias de fusões e aquisições (20%) e influenciando o desempenho financeiro (17%). Metade (53%) acredita que terá uma taxa de retorno significativa sobre os investimentos em ESG entre três e cinco anos, e 25% preveem que isso ocorra em menos de três anos.

“Esse ponto de vista reflete a crescente percepção dos executivos da pesquisa de que os fatores ESG devem estar entre suas prioridades, considerando tanto os requisitos regulatórios crescentes, quanto as oportunidades econômicas consideráveis que surgirão na economia de transição”, afirma Fabio Licere, sócio líder de Consultoria para Serviços Financeiros da KPMG no Brasil.

Os respondentes também demonstram uma confiança estável no aumento do número de funcionários de suas empresas, com 87% prevendo contratações internas nos próximos três anos. Além disso, a principal prioridade operacional para eles alcançarem os objetivos de crescimento é a proposta de valor para atrair e reter os talentos necessários (29%), uma alta importante comparando com os 20% de 2022.

Conduzida pela KPMG com 142 CEOs do setor bancário, a pesquisa “2023 Banking CEO Outlook” apurou a opinião de líderes do setor bancário sobre economia e negócios de países nas Américas, na Europa e na Ásia (60% dos Estados Unidos, do Reino Unido, do Canadá e da Alemanha). Eles estão distribuídos por subsetores de varejo, comercial e corporativo, com 71% das organizações com receitas de US$ 0,5 bilhão a US$ 9,99 bilhões.