A CloQ, fintech de impacto social que auxilia brasileiros a construírem histórico de crédito positivo, já realizou mais de 10 mil nano-empréstimos, para pessoas de todo o Brasil. Ao todo, são mais de 70 mil pessoas cadastradas na plataforma. A startup desenvolve análise de crédito inclusiva, independente de renda ou do score tradicional, simplificando o acesso para quem mais precisa.
Fundada em 2018 e operando desde 2020, a empresa faz empréstimos entre R$100 e R$500. O primeiro pedido tem o limite de R$150. Depois de pago, o patamar aumenta, chegando até 500 reais. O objetivo é trazer para o processo mais transparência, rapidez, flexibilidade nos dias de pagamento, juros justos e atendimento humano.
“Na CloQ, vivenciamos diretamente o impacto da exclusão financeira e, por isso, buscamos ajudar a transformar o Brasil. Quando opções de juros abusivos, como o rotativo do cartão são o que restam para essas pessoas, os usuários ficam presos em um ciclo perigoso de dívidas, do qual é difícil escapar”, destaca Rafaela Cavalcanti, cofundadora e CEO da fintech.
“A facilidade e tranquilidade dos clientes faz com que conquistemos cada vez mais o público e também tiramos as inseguranças sobre os empréstimos e créditos”, comemora Rafaela, que criou a fintech a partir da própria experiência pessoal. “A empresa da minha família foi assaltada 17 vezes ao longo da minha infância. Chegou ao ponto de faltar capital para comprar produtos e meus pais, na tentativa de ajudar, acabaram ‘sujando’ os próprios nomes”, relembra a empreendedora.
Rafaela, que é formada em Administração pela Universidade Federal de Pernambuco e Master na Vrije Universiteit Amsterdam, youth leader na UN SDSN e fellow do FMI e Cartier Women ‘s Initiative, viu no problema que a família enfrentava uma oportunidade. Assim, nasceu a CloQ, com o propósito de ajudar quem mais precisa a construir um histórico de crédito positivo e, desta forma, permitir a existência de outras possibilidades financeiras. Além disso, a empresa trabalha com um atendimento personalizado, que é moldado pela transparência e humanização, no qual todos os dados do nano-empréstimo do consumidor estão disponíveis na sua página pessoal que conta com um sistema de notificações para cada atividade realizada.
Além disso, no cenário atual do país, os juros praticados pelo sistema financeiro do Brasil são um fardo para a sociedade. Os cartões de crédito, por exemplo, método mais utilizado pelos brasileiros para pagamentos no dia a dia, têm taxas de até 437% no rotativo. “Um cenário como este é desmotivador. É como não ver uma luz no fim do túnel e chegar cada vez mais perto do fundo do poço”, pontua Rafaela. São baseados nesses desafios enfrentados por duas classes fundamentais da população que a fintech visa auxiliar por meio da inclusão, desenvolvendo uma análise monetária 100% inclusiva, independente de renda ou do score tradicional.
Segundo dados levantados pelo Banco Central do Brasil, o cenário atual tem gerado uma inadimplência alarmante de 55%, contrastando fortemente com os 18% relacionados ao boleto, que possui juros de 91% ao ano. “No fim das contas, tudo vira uma grande bola de neve sem fim, causada principalmente pela falta de uma educação financeira adequada para a população e por um sistema facilitador”, explica a CEO. Por isso, a fintech também conta com um crédito positivo, que se constrói de maneira simples e fácil um histórico e a cada pagamento de parcela seu limite vai aumentando na hora.
Os propósitos da CloQ chamaram a atenção e conquistaram seus principais parceiros, que são o Village Capital, o Sustainable Development Solutions Network, o programa Google for Startups Startup Advisor; e conquistaram o importante espaço de estarem no banco de dados online da ONU de boas práticas dos ODS.
Para o futuro, a CloQ projeta aumentar a quantidade de clientes na plataforma e também o número de empréstimos, de modo que auxilie muitas outras famílias assim como a da CEO: “Não queremos segurar pessoas, queremos auxiliá-los a conquistarem seus objetivos”, finaliza a executiva.