SRM Ventures cria área dedicada ao desenvolvimento de novas fintechs

A SRM Ventures, braço de venture capital da SRM Asset focado em fornecer acesso a funding de crédito para soluções inovadoras, acaba de anunciar o lançamento da SRM Venture Studio, uma nova unidade dedicada à criação de startups financeiras em diversos segmentos. A iniciativa nasce com o objetivo de ampliar o portfólio da gestora, aprimorar a jornada dos clientes em sua plataforma e oferecer uma gama mais ampla e integrada de serviços financeiros — além de aumentar o número de fintechs investidas pela vertical de SRM Ventures.

Com mais de 20 anos de atuação na gestão de fundos de crédito no Brasil e movimentando anualmente mais de R$ 6 bilhões, a SRM Asset tem intensificado, nos últimos anos, sua aproximação com o ecossistema de inovação e startups. Hoje, o portfólio da Ventures já reúne mais de 12 startups. No último ano, em parceria com o Insper, a unidade pilotou um projeto de criação de novos negócios — que se tornou o embrião da SRM Venture Studio.

“A SRM tem muitos produtos interessantes para oferecer às mais de 2.500 empresas clientes, e entendemos que a SRM Venture Studio pode contribuir para expandir esse ecossistema e abrir novas frentes de negócios no mercado”, afirma André Szapiro, Head da SRM Ventures e idealizador da iniciativa. “Ao mesmo tempo, vemos uma grande oportunidade de usar a estrutura da SRM para criar e desenvolver startups sob medida, adaptadas às necessidades do nosso público”, continua.

O lançamento da SRM Venture Studio marca também a chegada de Thomaz Martins e Gabriela Ortigossa à equipe da gestora. Ambos lideraram, pelo lado do Insper, o projeto-piloto da nova área durante o último ano, no contexto da parceria entre as instituições.

“Desenvolvemos o piloto com a proposta de gerar fintechs que utilizassem a estrutura de crédito da SRM, o que resultou na criação da ObraBank — startup inicialmente focada no adiantamento de recebíveis de fornecedores de grandes construtoras — e em uma segunda iniciativa voltada ao crédito no setor automobilístico, que será apresentada em breve”, explica Martins, agora Diretor Executivo da SRM Venture Studio.

Os primeiros negócios da SRM Venture Studio já estão em fase de desenvolvimento, com a meta de lançar, em 2025, ao menos três novas empresas. Os negócios incluem: uma solução de câmbio voltada para pessoas jurídicas; uma startup focada em cartão de crédito corporativo com gestão financeira integrada; e uma plataforma de benefício corporativo baseada em crédito consignado. Em todos esses empreendimentos, a SRM atuará como sócia minoritária fornecendo estrutura para as empresas nascerem.

Para a formação de cada nova startup, a SRM Venture Studio buscará no mercado três sócios: um CEO com perfil empreendedor e boa rede de relacionamento no setor; um especialista com conhecimento técnico do setor produto em questão; e um profissional de tecnologia, responsável pelo desenvolvimento e pela interface dos produtos.

“No projeto-piloto, os sócios eram recrutados principalmente por meio de chamadas abertas. Agora, ampliaremos essa estratégia com uma busca ativa de perfis alinhados ao que buscamos, além de estabelecer parcerias com universidades — especialmente com cursos de pós-graduação e MBA — para identificar novos talentos com potencial para integrar o quadro societário das startups”, destaca Ortigossa, Diretora de Operações Novos Negócios da SRM Venture Studio.

O site oficial da SRM Venture Studio já está no ar  com inscrições abertas para os chamados “âncoras” — os futuros CEOs das startups — que serão os primeiros a integrar os times dos novos negócios e ajudarão a recrutar os demais sócios.

O processo seletivo será contínuo. Segundo Szapiro, “sempre que uma nova empresa for lançada no mercado, outra já estará em fase de estruturação — seja para desenvolver novos serviços para os clientes da gestora, criar startups de crédito para a Ventures ou, eventualmente, apoiar grandes empresas na criação de suas próprias fintechs.”

Martins e Ortigossa atuam juntos há anos na criação de negócios e no apoio a áreas de inovação. Ambos são pesquisadores vinculados a um grupo de pesquisa da USP voltado ao tema. Para eles, a estrutura já consolidada da gestora, somada às competências da SRM Ventures, confere à nova unidade o potencial de ir além do desenvolvimento de fintechs ligadas exclusivamente à gestora.

“Acreditamos que a SRM Venture Studio pode extrapolar os limites do ecossistema da SRM”, afirma Ortigossa. “No futuro, vislumbramos a possibilidade de operar como uma ‘Builder as a Service’ para outras empresas, utilizando nossa expertise na criação de fintechs — e toda a estrutura da gestora — para apoiá-las no desenvolvimento de suas próprias startups ou áreas de inovação no setor financeiro”, conclui Martins.