A coluna Broadcast, do jornal O Estado de S. Paulo, noticiou na edição de ontem (14) o acordo firmado entre o Banco Finaxis e a fintech Adianta para o lançamento de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) digital. A reportagem informa que a iniciativa reforça uma tendência que se fortaleceu em 2017 e promete se consolidar em 2018 que é o uso cada vez mais intensivo deste instrumento como estratégia de capitalização para as Pequenas e Médias Empresas (PMEs) e também as próprias fintechs.
De acordo com o balanço divulgado na semana passada pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), os FIDCs se destacaram como um dos instrumentos mais utilizados pelas companhias em 2017 na comparação ao ano anterior com um aumento de 225% no volume de operações.
Um dos argumentos é que a antecipação de recebíveis por meio de FIDC é uma forma mais fácil e também oferece ganhos mais vantajosos no momento em que este tipo de empresa tem encontrado dificuldades maiores em obtenção de crédito por meio dos canais mais tradicionais oferecidos pelos bancos.
No caso da parceria entre Adianta e Finaxis, de acordo com a nota, a expectativa das empresas envolvidas é de uma captação de R$ 50 milhões somente até a metade do ano. O FDIC digital tem como diferencial a característica de reunir na mesma plataforma as áreas de originação, análise cadastral, crédito e cobrança.
No final de 2017 a fintech Adianta anunciou ter recebido um investimento de R$ 5 milhões da Osher, empresa especializada no mercado de FIDCs. Já o banco Finaxis, também especializado em FIDCs, foi criado em 2010, na ocasião com o nome de Banco Petra. Em 2016 anunciou a mudança de marca para Finaxis e a diversificação da linha de produtos, passando a operar também com FIPs (Fundos de Investimento em Participações) e Fundos Imobiliários.