Enquanto cresce a expectativa sobre o posicionamento das autoridades reguladoras a respeito do mercado de criptomoedas, duas iniciativas que visam atuar no formato de bolsa para negociação deste tipo de ativos no país anunciaram movimentos de avanço nas ultimas semanas.
A primeira delas foi a Bolsa de Moedas Empresariais Virtuais de São Paulo (Bomesp), que na semana que antecedeu ao feriado do Carnaval informou ter alcançado 2 milhões de Niobiuns (NBC) em seu ICO. No comunicado enviado à imprensa, os responsáveis pelo projeto informaram que esses 2 milhões de Niobiuns equivalem a R$ 8,38 milhões.
Já na quarta-feira (14) foi a vez da startup brasileira Wuzu anunciar ter recebido um aporte da venture builder SuperJobs. A matéria publicada pelo portal IT Forum 365 informa que o investimento corresponde a 11,11% da operação, mas não informa o valor da transação.
Em matéria publicada pelo portal do jornal Tribuna do Ceará, o advogado Fernando Barrueco, especialista em criptoativos da Bomesp, afirma que a expectativa é de que a captação final da iniciativa, que deverá prosseguir até o dia 21 de fevereiro, oscile entre 15 milhões e 26 milhões de Niobiuns, o que totalizaria uma captação equivalente a US$ 50 milhões. “Esse resultado será muito bom para toda a sustentabilidade do Niobium e da Bomesp”, diz Barrueco. O lançamento da plataforma de negociação das moedas virtuais está previsto para o segundo semestre de 2017.
Já Marcos Botelho, CEO da SuperJobs, explica que o investimento feito na Wuzu se baseia na expectativa de que a empresa desempenhe um papel fundamental para o desenvolvimento de uma experiência mais fácil, transparente e integrada para a negociação de moedas digitais.
“Confio muito no potencial da plataforma e na visão de seus criadores e desenvolvedores. Eles têm plenas condições técnicas para revolucionar o setor no Brasil e de expandirem sua atuação a nível internacional”, afirma. Por meio do aporte, a venture builder pretende auxiliar a startup a atrair uma nova rodada de investimentos, bem como expandir a influência do negócio junto a bancos e corretoras que atuam no setor.