Um estudo recente desenvolvido pelo Boston Consulting Group (BCG) e pela CB Insights revelou que os investidores de capital de risco (VC) estão se distanciando de fintechs em estágios iniciais (Seed e Series A) para favorecer empresas em momentos mais avançados de desenvolvimento.
Segundo o levantamento, em 2017 houve um crescimento de 9% nos investimentos em empresas classificadas em situação final de consolidação (Série E). Enquanto isso, as iniciativas em estágio intermediário (Série B e C) permaneceram estáveis e a soma total de investimentos apresentou uma redução de 58%.
O trabalho observou a movimentação dos investidores a partir de 2013 e detectou que desde aquele ano dois terços de todos os negócios globais de fintech suportados por VC ocorreram no estágio inicial (Seed e Series A). No entanto, conforme as empresas foram amadurecendo, surgiram diferentes categorias e a parcela da atividade de negociação em estágio inicial em fintech diminuiu. Nos Estados Unidos, por exemplo, este tipo de operação ligada a companhias iniciantes caiu 23% ano a ano.
Enquanto isso, as fintechs já estabelecidas viram, somente em 2017, uma alta recorde de 35 mega-rodadas (US $ 100 milhões) de investimentos que somaram US $ 7,76 bilhões em capital total. Os EUA lideraram este movimento com 20 mega-rodadas, cinco das quais envolvendo as chamadas unicórnios.
A Ásia e a Europa também viram novos patamares para as mega-rodadas de tecnologia financeira e a América do Sul registrou um crescimento recorde em negócios de tecnologia financeira em 2017.