No início da semana o Banco Central (BC) anunciou ter concedido à QI Tech a primeira autorização para uma fintech operar na modalidade Sociedade de Crédito Direto (SCD), que torna possível a essas empresas oferecerem crédito com recursos próprios e ceder ou alienar suas carteiras para outras instituições financeiras ou fundos.
Além desta decisão, a autoridade reguladora informou que analisa outros 11 pedidos de autorização de fintechs que desejam operar nas modalidades SCD e também no modelo Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP). Neste segundo formato, o modelo peer-to-peer aproxima investidores e tomadores, possibilitando um maior retorno sobre o capital investido e menores taxas dos financiamentos em comparação às operações do mercado financeiro tradicional.
O objetivo da medida, segundo o BC, é estimular a competição nesse mercado, permitindo a entrada de novos participantes.
A ABFintechs (Associação Brasileira de Fintechs), emitiu uma nota afirmando que a atuação das fintechs sob supervisão e conexão direta com o Banco Central gera maior credibilidade para participantes do mercado.
O texto diz que antes da definição destes modelos, as fintechs de crédito já atuavam legalmente, porém utilizando-se de regulações e resoluções que não foram criadas especificamente para elas.
O líder da vertical de crédito da ABFintechs, Fábio Neulfed, explicou que a entidade participou ativamente da criação da regulação com o Banco Central e outras instituições. “Hoje vemos que ela traz reconhecimento e respaldo aos negócios das fintechs de crédito no Brasil. O fomento da competição no mercado financeiro favorece pessoas e empresas, que cada vez mais contam com opções modernas e seguras para tomar crédito e administrar suas finanças, dependendo menos dos bancos tradicionais”, afirma.
No perfil da empresa no LinkedIN, o sócio-diretor da QITech, Emilio Moreira, afirma que a companhia fica muito orgulhosa em ser a primeira a conseguir esta regulamentação no país.
“A QITech é uma grande facilitadora do mercado de crédito: um processo que levava semanas para ser concluído pelos bancos tradicionais, nós vamos disponibilizar para as gestoras de recursos em questão de horas,” afirma.