O Diretor Adjunto do Fundo Monetário Internacional (FMI), David Lipton, chamou a atenção ontem (1) para o desafio de equilibrar a busca pela estabilidade do setor financeiro com a necessidade de dar espaço para a experimentação de tecnologias que estão aprofundando a inclusão financeira e aumentando a produtividade.
No discurso de abertura da 2ª Mesa Redonda de Fintech do FMI, o executivo disse ainda que caso o equilíbrio certo dentro de cada país não seja suficiente, haverá ainda a exigência de encontrar uma maneira de alinhar as abordagens emergentes à regulamentação das fintechs transnacionais.
“Os países que enfrentam o desafio da tecnologia financeira têm preocupações legítimas sobre a concorrência, sobre o poder de mercado dos gigantes da tecnologia e sobre os riscos cibernéticos e as rupturas sociais que podem acompanhar a rápida mudança tecnológica. Muitos países se preocupam com a forma como os dados são coletados e usados; e como as empresas de TI são tributadas. Estas são questões que precisam ser discutidas em conexão com o assunto de fintech”, disse.
A mesa redonda do FMI tem o objetivo aprofundar as discussões no sentido da implantação da chamada Agenda Fintech de Bali, um conjunto de 12 elementos de política destinados a ajudar os países membros a aproveitar os benefícios e oportunidades de avanços rápidos em tecnologia financeira que estão transformando a prestação de serviços bancários e, ao mesmo tempo, gerenciando os riscos inerentes
Desenvolvidos pelo próprio FMI em parceria com o Grupo Banco Mundial, a agenda propõe um quadro de questões de alto nível que os países devem considerar em suas próprias discussões de política interna e visa orientar as duas instituições (FMI e Banco Mundial) em seu próprio trabalho e diálogo com as autoridades nacionais.