Em uma reportagem publicada pelo jornal Gazeta do Povo ontem (10), várias fintechs que atuam na concessão de crédito apontaram os custos como principais obstáculos para se adequarem às regras do Banco Central que regularizaram a operação das Sociedades de Crédito Direto (SDC), que concedem empréstimos com recursos próprios; e as Sociedades de Empréstimo entre Pessoas (SEP), que permite a investidores com recursos disponíveis emprestar a pessoas e empresas interessadas em obter crédito, operação conhecida como peer to peer (P2P) lending.
De acordo com a matéria, desde abril do ano passado, quando as normas foram estabelecidas pela resolução 4.656, o BC já recebeu 16 pedidos de fintechs para adequação à nova regulação, mas os custos associados a essa adequação permitiram que poucas delas concluíssem o processo.
A informação oficial do órgão regulador, segundo a reportagem, é que atualmente apenas três Sociedades de Crédito Direto (SCD) estão totalmente autorizadas. Elas são a QI Sociedade de Crédito Direto S.A., a Creditas Sociedade de Crédito Direto S.A. e a HB Capital Sociedade de Crédito Direto S/A. Há ainda nove SCDs e quatro SEPs em processo de autorização.
A Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD) estima que o Brasil tenha atualmente entre 80 e 100 fintechs de crédito. O volume de crédito concedido por elas vem aumentando 300% ao ano.
O jornal traz as reflexões sobre o assunto de gestores de algumas das principais fintechs deste segmento como Kavod, Mutual, Nexoos, Geru e Lendico. Eles falam sobre o momento atual de suas respetivas empresas, as estratégias para o futuro além de apontarem caminhos sobre quando e como pretendem alcançar as condições ideais para fazerem a transição para a nova legislação.