No início de fevereiro a fintech Juvo, pioneira em identidades financeiras para os consumidores desbancarizados, apresentou a Identidade Financeira como Serviço (“Financial Identity-as-a-Service” ou simplesmente FiDaaS). Com sede em São Francisco e escritórios em São Paulo, Miami e Cingapura, a Juvo abrange 26 países em quatro continentes. A empresa tem como parceiros e investidores marcas como Telefonica, T-Mobile, Cable & Wireless, Millicom, Avantel, Celcom, Docomo e Ericsson.
A FiDaaS é um conjunto de tecnologias que permite a construção de identidades financeiras através de fontes de dados alternativas, juntamente com dados incrementais gerados a partir de empréstimos diretos ao consumidor. Essas identidades financeiras permitiriam que 3,9 bilhões de pessoas em todo o mundo sem histórico de crédito se qualificassem para serviços financeiros de instituições financeiras e varejo, geralmente pela primeira vez. Atualmente, a plataforma FiDaaS da Juvo atualiza 5,6 bilhões de dados todos os dias para 200 milhões de consumidores em quatro continentes.
Para bilhões de pessoas em todo o mundo, uma das maiores barreiras à inclusão financeira é o crédito. Um em cada cinco adultos excluídos do sistema financeiro atribui isso à incapacidade de fornecer as informações pessoais necessárias. Os consumidores desbancarizados não só não conseguem demonstrar um histórico de crédito, como também não conseguem contabilizar seu comportamento financeiro. Por sua vez, os prestadores de serviços financeiros não podem calcular com precisão os riscos associados a esses novos clientes devido à falta de informações sobre seu comportamento financeiro. A resposta padrão é “não”.
Em uma matéria publicada pelo portal SEGS, os representantes da empresa explicam que embora muitos adultos não tenham histórico formal de crédito, 9 em cada 10 adultos em todo o mundo usam serviços de telefonia móvel. Por mais que os assinantes paguem com dinheiro, as compras de serviços de telefonia móveis criam um histórico de transações financeiras que são registradas digitalmente e associadas a uma única pessoa. Trabalhando com operadoras móveis, instituições financeiras e comerciantes, a Juvo pode acessar uma grande quantidade de dados alternativos na forma de transações e interações móveis diárias e usar a tecnologia de machine learning para estabelecer identidades financeiras. Com o tempo, além do crédito uma variedade maior de serviços financeiros pode ser fornecida, criando um perfil financeiro mais rico e completo.
“A recarga realizada pelo usuário pré-pago da operadora de telefonia móvel cria uma nova e excelente alternativa para que as teles habilitem serviços financeiros como empréstimos pessoais, gerando novas receitas para as próprias operadoras e seus parceiros”, disse Murilo Menezes, Gerente Geral da Juvo para América Latina e Caribe. “Como exemplo do que pode ser feito no Brasil podemos citar nossa experiência no Caribe, onde cerca de metade da base pré-paga que utiliza o serviço fornecido com a FiDaaS da Juvo já tem acesso a empréstimos que equivalem de quatro a seis semanas de consumo em telefonia móvel”, complementou Menezes.
“Dar o primeiro passo é um dos maiores desafios para os consumidores que desejam ingressar na economia financeira formal. A FiDaaS permite que os provedores de serviços financeiros possam confiar nos clientes que pouco conhecem, ou de quem nada sabem”, disse Ron Suber, Presidente Emérito da Prosper e membro do conselho consultivo da Juvo. “A promessa da ‘fintech’ é conectar melhor os consumidores e instituições financeiras para tornar as transações mais eficientes e onipresentes. A Juvo está levando essas ambições a um nível além com a FiDaaS”, conclui.