Crise do coronavirus pode provocar queda de 15% na avaliação das fintechs unicórnios

A consultoria e banco de investimentos Rosenblatt Securities divulgou um relatório ontem (23) com uma análise sobre os efeitos da crise econômica gerada pela pandemia do coronavius (COVID-19) sobre o ecossistema global de fintehs. Entre as principais conclusões destaca-se a previsão de que as empresas mais afetadas entre essas startups podem ser aquelas conhecidas como unicórnios, ou seja, os empreendimentos avaliados em mais de US $ 1 bilhão.

Uma reportagem publicada pelo portal Business Insider afirma que, segundo o estudo feito pela Sifted, a mídia especializada em startups do Financial Times, se os problemas econômicos se prolongarem a avaliação dessas companhias pode cair 15%.

Os analistas ouvidos argumentam que este efeito seria causado por vários fatores ligados às incertezas sobre o desempenho macroeconômico mundial nos próximos anos. Eles afirmam sobretudo que as altas avaliações dessas empresas são apoiadas por uma série de previsões otimistas de crescimento futuro e perspectivas de sucesso, além de possíveis benefícios. Estes dados estão agora em questão.

Além disso, uma grande proporção de fintech tem menos de dez anos e enfrenta sua primeira crise no mercado. Muitas equipes de gerenciamento podem não ter experiência em responder a condições comerciais difíceis como demanda fraca dos clientes, redução de capital de giro e um ambiente mais difícil para reter funcionários.

O documento foi desenvolvido com base nas opiniões de vários investidores de fintech. Embora seja citado que existem 58 unicórnios desse tipo no mundo, o material cita alguns dos nomes que podem ser afetados como Klarna, Tide, Monzo, Starling ou Revolut.