A Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2020 divulgada no final da semana passada revelou que em 2019 foram abertas 6,5 milhões de contas pelo smartphone. O resultado significa um crescimento de 66% na comparação com o ano anterior. De acordo com o estudo realizado pela Deloitte, ao todo os investimentos feitos pelo setor bancário em tecnologia no ano passado cresceram 48% em relação ao ano anterior. O volume total chegou a R$ 24,6 bilhões.
O levantamento mostrou também que as operações com movimentação financeira no smarthphone tiveram alta de 41% no ano passado em relação a 2018. Na comparação anual, o mobile banking mostrou significativo avanço em todas as transações pesquisadas: contratação de investimento (alta de 114%); tomada de crédito (+47%); transferências, DOCs e TEDs (+43%); pagamento de contas (+39%). A pesquisa também revelou que a contratação de seguros por celular cresceu 133%, enquanto os depósitos virtuais mostram alta de 327% nesse canal.
Ao analisar o comportamento do consumidor, a pesquisa revelou que o cliente do mobile banking faz login no banco 23 vezes por mês, sendo que os chamados heavy users, que são os usuários que fazem mais de 80% das transações em um único canal, visitam seu banco 40 vezes, na média mensal.
O diretor setorial de Tecnologia e Automação Bancária da FEBRABAN, Gustavo Fosse, declarou que o mobile banking transformou-se em uma expressiva porta de entrada para a inclusão financeira de milhões de brasileiros pela possibilidade de carregar no bolso e acessar, em qualquer hora ou local, serviços antes restritos a agências bancárias.
“Os bancos brasileiros sempre funcionaram como um importante indutor em inovações no país. A crise impulsionou a digitalização dentro e fora das instituições financeiras, mas já estávamos preparados e queremos continuar ajudando o cliente a criar um DNA digital que lhe permita ter acesso a serviços com maior valor agregado, mais eficiência e redução de custos”, avalia Isaac Sidney, presidente da FEBRABAN.
“O histórico de investimentos dos bancos em TI, aliado ao crescimento do uso dos canais digitais nos últimos cinco anos, foram fundamentais para que, neste momento de pandemia, nossos clientes tivessem a opção de fazer praticamente todas as transações financeiras de forma segura em suas casas, evitando, assim, aglomerações”, destaca Isaac Sidney.
A Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária foi feita com 22 bancos, que representam 90% dos ativos da indústria bancária. O estudo, já em sua 28ª edição, traz uma radiografia e tendências do comportamento do setor financeiro no que se refere aos investimentos e uso da tecnologia, bem como a relação dos consumidores com os canais de atendimento.