A fintech de investimentos Warren anunciou sexta-feira (10) ter consolidado uma rodada Série B, que atraiu mais de R$ 120 milhões de investimentos, em uma iniciativa liderada pelo fundo de venture capital QED Investors. A operação contou ainda com a participação dos fundos Kaszek Ventures, Ribbit e Chromo Invest, que já eram apoiadores desde a Série A, além de MELI Fund, WPA e Quartz que entraram para o grupo de incentivadores da startup.
“A nossa meta é seguir investindo principalmente em tecnologia. Vamos continuar entregando a melhor experiência de investimento para os usuários das nossas plataformas em um modelo totalmente alinhado aos interesses do investidor, pauta que ganhou ainda mais relevância nos últimos tempos”, explica Tito Gusmão, CEO da Warren.
De acordo com nota publicada no blog da instituição, seu grande diferencial está no fato de o modelo eliminar o conflito de interesses. A explicação é que a Warren adota o chamado fee-based, que cobra um percentual fixo para fazer a gestão dos recursos. Dessa forma ela elimina o conflito na medida em que quanto mais essa carteira render, mais todos os envolvidos vão ganhar.
“Nós acreditamos que a gestão de patrimônio no Brasil atualmente passa por uma revolução. Os investidores já reconhecem mais os danos que as altas comissões causam às suas carteiras. A Warren sempre trouxe como foco a transparência e o foco no cliente, fazendo isso de uma maneira inédita no mercado brasileiro. Estamos empolgados”, explica Lauren Morton, sócia da QED Investors.
O texto acrescenta que esse modelo é recente no mercado brasileiro e está alinhado como um contraponto ao commission-based, hoje oferecido por outras corretoras e bancos. Nesta outra opção, a remuneração das empresas se dá pela compra de produtos, com profissionais que trabalham com metas de venda, o que pode levar o cliente a investir em produtos que, no fim, trazem retornos maiores para as instituições financeiras.
“Em um ambiente com taxas de juros baixas, é mais importante do que nunca que o público tenha acesso a diversas opções de investimento de qualidade, com custo baixo e transparência”, reforça Nikolay Kostov, sócio da Ribbit.
Com mais de 130 mil clientes e R$ 2 bilhões de ativos sob gestão, a Warren pretende multiplicar esse patrimônio por cinco até o fim de 2021, atingindo a marca de R$ 10 bilhões.
Para isso uma das estratégias é manter o ritmo de contratação dos últimos três meses, quando cerca de 100 profissionais foram incorporados ao quadro. Agora, o objetivo é recrutar mais 80 pessoas até o fim do ano.