A primeira quinzena de setembro marcou um dos momentos mais aquecidos do ano em termos de negócios e investimentos no ecossistema fintech brasileiro. Além da aquisição da Easynvest pelo Nubank, a semana passada trouxe ainda o aporte de R$ 120 milhões do banco americano Goldman Sachs na fintech Iugu e a capitação de R$ 400 milhões feita pelo Agibank em uma rodada liderada pela Vinci Partners que se tornou ainda o novo sócio do banco.
Fundada em 2011, a Yugu, que atua no setor de pagamentos, vai usar o valor recebido, que é o maior de sua história, para expandir os serviços pelo País. A startup desenvolve soluções para outras empresas como emissão de boletos, processamento de pagamentos e reconciliação de faturas e contas a receber.
Esta característica foi apontada pela Goldman Sachs como a principal motivação para o investimento. Segundo a corporação americana esta visão diferencia a empresa no sentido de que ela ajuda a solucionar problemas para os clientes, em vez de ser simplesmente um provedor de meios de pagamento.
O aporte surge semanas após o Banco Central autorizar a Iugu a atuar como instituição de pagamentos, que é o mesmo tipo de licença utilizada por outras fintechs para fornecer serviços como contas digitais.
No caso do Agibank, segundo reportagem publicada pelo Jornal do Comércio, a instituição quer impulsionar o seu crescimento, ampliando os investimentos em tecnologia para consolidar uma plataforma “one stop shop” omnichannel para o cliente a partir de 50 anos, foco central da estratégia de atuação. É um mercado de mais de 50 milhões de pessoas, que cresce 10% todos os anos.
Com R$ 2,8 bilhões de ativos, o Agibank registrou um lucro líquido de R$ 38,7 milhões no 1º semestre de 2020 – crescimento de 178,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) foi de 21,9%.