Aproximadamente dois meses após ter recebido um aporte de R$ 400 milhões do Goldman Sachs, o Mercado Livre conseguiu avançar mais um passo ontem (9) em sua estratégia de intensificar as operações de crédito no Brasil. A instituição recebeu autorização do Banco Central para atuar como instituição financeira no país.
Em comunicado a empresa explica que com a liberação poderá formular novos produtos ou serviços financeiros. Além disso, a permissão facilitará a captação de recursos financeiros ao permitir que a companhia tenha acesso a um número maior de fontes de financiamento.
Em uma matéria sobre o assunto publicada pela revista Exame, o vice-presidente do Mercado Pago, fintech de pagamentos do Mercado Livre, Tulio Oliveira, informa que companhia já concedeu R$ 10 bilhões em crédito, em um total superior a 10 milhões de transações realizadas desde 2017.
Ainda segundo o executivo, essas operações foram realizadas sobretudo por consumidores e pequenos empreendedores que não têm acesso aos serviços de crédito oferecidos por instituições financeiras tradicionais.
Atualmente o principal serviço da empresa no segmento é o Mercado Crédito, que pode ser usado para que consumidores sem cartão de crédito financiem a compra de itens no Mercado Livre, por exemplo. As parcelas desse financiamento podem ser pagas via boleto bancário ou saldo no Mercado Pago.