A terceira edição do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT) do Banco Central recebeu 67 inscrições de todas as regiões do Brasil, além de quatro projetos do exterior. A instituição anunciou ontem (12) que 25 deles foram selecionados para a fase de desenvolvimento.
Os projetos apresentaram contribuições inovadoras por exemplo em forma de plataformas para promover a competitividade no mercado de crédito para pessoas jurídicas no formato de marketplace reverso. Além disso foram apresentadas propostas para áreas como o agronegócio e sustentabilidade, com projetos voltados à geração de títulos florestais, à criação de um marketplace que oferece crédito agrícola rápido e fácil para agricultores familiares além de soluções para auxiliar o produtor rural a obter informações para a tomada de crédito.
O LIFT funciona como um indutor de inovação. A partir da seleção, ocorre um processo de aceleração de ideias para desenvolver um protótipo funcional em três meses, que tenha condições de provar que a inovação pode ter utilidade e melhorar o SFN. Desde a primeira edição, o LIFT já induziu o desenvolvimento de mais de 50 novos produtos em um período de 3 anos.
Os trabalhos desenvolvidos pelo LIFT têm contribuído para aumentar a competitividade e introduzir tecnologia de ponta no SFN, além de reduzir custos e introduzir novos modelos de negócio. As soluções para viabilizar o Open Banking são um exemplo. A identidade soberana é uma etapa fundamental para o desenvolvimento dos modelos de Open Banking. Ela permite que o cadastro do cliente seja de propriedade dele e não das instituições financeiras. Desde a edição de 2019, o LIFT tem desenvolvido soluções que autorizam o uso de identidade soberana, seguindo os objetivos estratégicos da Agenda BC# para o Open Banking.
De acordo com André Siqueira, um dos coordenadores do LIFT, para o BC é fundamental estar em contato com as inovações que surgem no mercado. “A proximidade com o BC no nascedouro das ideias permite um alinhamento com os objetivos estratégicos da Agenda BC#. Por meio da participação dos servidores do BC nos grupos de acompanhamento dos projetos, fomenta-se uma troca de experiências e um direcionamento dos novos produtos para atender a aspectos do mercado que precisam de maior maturidade, que têm baixa competitividade ou pouca oferta”, declarou.