Uma pesquisa realizada pelo Sebrae detectou que a proporção de pequenas empresas que antecipa constantemente o recebimento das vendas por cartão teve um salto nos últimos três anos. De acordo com o levantamento, em 2018 esta prática era adotada por 31% dos entrevistados. Já em 2021 este volume saltou para 45%. O estudo revelou também que houve um aumento de 17 pontos percentuais, nos últimos cinco anos, no volume de empresários que usam maquininhas de cartão de crédito. Em 2016 eram 39% do total contra os 56% deste ano.
Segundo os entrevistados, a “satisfação dos clientes” e “aumento das vendas” são os principais benefícios alcançados com o uso desse recurso. Outros aspectos mencionados foram a maior segurança, por não manterem dinheiro em caixa; a redução da inadimplência; maior tempo para controle do caixa e o aumento do faturamento. Os donos de pequenos negócios também se preocupam em ter mais de uma maquininha à disposição. Em 2016, apenas 27% possuíam mais de um equipamento, enquanto em 2021 esse número saltou para 41%.
“Os empreendedores sabem que precisam se adequar às exigências dos consumidores e acompanhar as tendências de mercado. Cada vez menos as pessoas usam dinheiro em espécie ou cheque e não oferecer esse serviço pode significar algumas vendas perdidas”, comenta o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
De cada quatro entrevistados, três compararam os fornecedores antes de adquirir o serviço e a taxa mais barata foi o diferencial para 76%. Outro dado relevante é que há um maior número de operadoras e marcas sendo utilizadas, pois os donos de pequenos negócios procuram contratar serviços com menores taxas e melhor qualidade. “A concorrência do mercado beneficia os empreendedores e ajuda a reduzir custos para a manutenção desse meio de pagamento. Com um grande volume de operadoras, há melhores condições e serviços ofertados”, pontua Melles.
Em 2016, a Cielo era responsável por 51% dos equipamentos operados pelo segmento. Cinco anos depois, a situação se inverteu e a marca responde, hoje, por 19% das maquininhas utilizadas, enquanto 35% dos empreendedores optaram entre uma grande diversidade de empresas. O levantamento também revelou que pouco mais de metade dos entrevistados (51%) sabia que a lei permite praticar preços diferentes de acordo com a forma de pagamento (dinheiro, cartão de débito, crédito ou boleto bancário). Na pesquisa feita em 2018, o índice de conhecimento da lei era maior (54%).