A Superintendência de Seguros Privados (Susep) anunciou na semana passada a abertura das inscrições para a segunda edição do seu Sandbox Regulatório. A Resolução CNSP nº 417, a Circular Susep nº 636 e o Edital de Participação no Sandbox entrarão em vigor no dia 02 de agosto. As inscrições devem ser enviadas até 09 de setembro. Desta vez, serão selecionados até 15 projetos.
Segundo comunicado a primeira edição do Sandbox selecionou 11 projetos inovadores, dos quais quatro já estão em operação. Diversos resultados já podem ser percebidos como a oferta de novos produtos e coberturas, contratação e cancelamento simplificados, aplicação de inteligência artificial na regulação de sinistros e pagamento de indenização, além de jornadas totalmente digitais e contratos com linguagem fácil para o consumidor.
Na nova edição foram ampliados os produtos que podem ser testados pelas empresas de tecnologia. Destaque para a ampliação dos seguros patrimoniais, como a inclusão do compreensivo empresarial, e a possibilidade de coberturas de responsabilidade civil objetiva com foco em bens de mobilidade urbana como auto, bicicletas, patinetes e similares.
Seguros de fiança locatícia e agrícola, segmentos com oportunidades de inovação e ampliação da concorrência, também são novidades da segunda rodada. Segundo o diretor da Susep Eduardo Fraga, “as linhas de negócio e limites de subscrição foram ampliadas e simplificadas. Queremos trazer inovação também para esses mercados, assim como fizemos com os segmentos da primeira rodada”.
A expectativa da Susep é receber projetos cada vez mais inovadores e que atendam às diferentes demandas da população, cujo perfil de consumo tem mudado de forma mais rápida com o advento da pandemia. “O novo perfil do consumidor demanda a flexibilização de produtos e uma regulação de sinistros muito mais rápida. A conveniência do consumidor vai fazer com que mais pessoas adquiram o produto, o que aumenta a penetração do mercado”, afirma Andrés Côrtes, gestor do projeto estratégico do Sandbox Regulatório na Susep.
Além disso, um ponto importante do novo edital é o estímulo para que as empresas já preparem sua operação para o ecossistema Open Insurance. Segundo o diretor Eduardo Fraga, “as insurtechs já têm vocação para trabalhar em um ambiente tecnologicamente integrado. Os consumidores gostam de interação mais livre e flexível, na qual estão mais empoderados. As empresas que quiserem trabalhar nesse ecossistema devem estar bem conectadas com o ambiente Open”.