A terceira edição do RADAR FEBRABAN, divulgada no final da semana passada revelou um crescimento de 10 pontos percentuais na confiança dos brasileiros em relação aos serviços prestados pelas fintechs. Segundo o levantamento, o índice de satisfação com as startups saltou dos 49% registrados na edição de março para 59% neste mês. A pesquisa foi realizada no período de 02 a 07 de setembro, com 3 mil entrevistados em todas as cinco regiões do País.
Os autores do estudo argumentam que, provavelmente, a comunicação sistemática sobre PIX e, mais recentemente sobre Open Banking, favoreceram esse aumento da confiança nas fintechs. Entre os jovens de 18 a 24 os que confiam nas fintechs somam 75%.
“A credibilidade no setor bancário alcançou os patamares mais elevados de opinião positiva desde o início da série histórica do estudo: confiança nos bancos; satisfação com o atendimento bancário; avaliação positiva da contribuição dos bancos para o desenvolvimento da economia, a ajuda ao país, à sociedade e aos clientes no enfrentamento da pandemia, a geração de empregos, e a melhora da qualidade de vida das pessoas”, aponta o cientista político e sociólogo Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE), responsável pela pesquisa.
Faltando menos de quatro meses para o fim do ano, mais da metade dos brasileiros (55%) creem que sua situação financeira familiar só vai se recuperar em 2022. Menos de um quinto (18%) acredita na melhora de sua situação financeira ainda este ano – um recuo de 5 pontos em relação a junho. Os mais pessimistas, que não veem qualquer perspectiva de recuperação das finanças pessoais, somam 7%, um aumento de 2 pontos em relação ao levantamento de junho.
A expectativa de recuperação somente a partir de 2022 se amplia quando pensam na economia do país. Assim como na pesquisa de junho, mais de dois terços dos entrevistados (68%) estimam que a economia brasileira só deve dar sinais de melhora a partir do ano que vem.
Na medida em que se aproxima o final do ano, cresce o descrédito quanto à recuperação econômica em 2021: somente 9% creem nisso, uma queda de 4 pontos em relação a junho, e retorno ao patamar de março. Embora pequena, segue em trajetória crescente a parcela dos que não enxergam quaisquer perspectivas de recuperação da economia: 9% em março, 12% em junho e 15% agora. Esse número chega a 21% entre os jovens de 18 a 24 anos.