Nos últimos quatro anos a participação dos cinco maiores bancos do país no total de operações financeiras recuou 7,4 pontos percentuais como consequência do avanço das fintechs. Está é a principal constatação de um estudo feito pelo economista Roberto Luis Troster e publicado nesta semana pelo jornal O Estado de S. Paulo .
Em entrevista ao veículo, o responsável pelo estudo, que já que foi economista-chefe da Febraban, disse que em 2014 o Bradesco, o Itaú, o Santander, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal eram responsáveis por 77,3% de todas as operações financeiras realizadas no Brasil. Segundo ele, no final de 2018 este domínio havia recuado para 69,9%.
De acordo com a reportagem a pesquisa foi feita com base em números do Banco
Central. Além da redução no volume de transações, o fenômeno fintech teria
provocado também a diminuição do número de clientes nas grandes instituições.
No mesmo período o levantamento aponta que houve uma queda de 72,3% em 2014 para 64,5% em 2018. Entre vários argumentos apresentados pelo economista para justificar este resultado, ele destaca a transformação da cultura do usuário de serviços bancários provocada pela tecnologia.
O especialista afirma que atualmente um terminal de computador atua como um banco. Significa que antes era preciso ir ao banco. Hoje é possível fazer tudo pela internet.
“As fintechs ocuparam espaço, e com mais rentabilidade do que os bancos grandes”, conclui.