Fintech Moeda anuncia US$ 1,5 mi de financiamento para 18 projetos no Brasil

A fintech Moeda, plataforma de financiamento cooperativo com base em blockchain, anunciou ontem (25) no Fórum Econômico Mundial, em Davos, que irá investir até cerca US$ 1,5 milhão de dólares em 18 empreendimentos localizados em áreas rurais do Brasil. Todos os beneficiários são cooperativas de agricultores rurais.

De acordo com comunicado à imprensa, o critério adotado para a escolha dos projetos beneficiados é que os empreendimentos devem atender a pelo menos um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, além de gerar retorno direto para suas economias locais.

Os negócios receberão seus financiamentos por meio de uma parceria entre a Moeda e a Unicafes (União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária). O investimento em cada projeto levará em conta necessidades específicas de cada empreendimento e irá variar de US$ 6 mil a US$ 520 mil dólares americanos. O financiamento será destinado a elementos centrais de cada empreendimento, tais como: construção de instalações para processamento de alimentos e equipamentos, painéis solares, transporte com sistema de refrigeração e capital de giro.

A Moeda foi fundada pela brasileira Taynaah Reis, juntamente com Isa Yu, Athena Diaconis, Alex Todaro e Brad Chung em 2017, após um hackaton promovido pelas Nações Unidas. O evento desafiou inovadores globais a pensarem em novas formas de contribuir para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS).

Logo após o hackaton, a equipe da Moeda arrecadou US$ 20 milhões em sua oferta inicial de moeda virtual (ICO). Parte desse recurso foi transferido para um fundo rotativo que irá fornecer investimentos de impacto social. Os investidores dos tokens MDA da Moeda terão acesso a esses mesmos projetos e também a projetos futuros.

De acordo com Taynaah Reis, o uso do blockchain e da criptomoeda auxiliam na solução de alguns desafios que o setor de micro finanças geralmente encontra: falta de transparência, o intermediário e a ineficiência. O blockchain, em particular, permite a criação de uma relação de confiança, de registros imutáveis e de uma eficiência operacional, que se traduz essencialmente na redução do custo do empréstimo.