Santander compra a Toro Investimentos enquanto Bradesco compra a Din Din

Poucos dias revelaram de uma forma tão clara a agitação no mercado financeiro e no ecossistema fintech quanto ontem (29). Isto porque no mesmo dia dois grandes bancos anunciaram aquisições importantes como parte de estratégias de reforço à oferta de inovações. Enquanto o Santander anunciava a compra da corretora online Toro Investimentos, o Bradesco informava estar assumindo o controle da fintech DinDin.

Em comunicado à imprensa o Santander informou que a Toro se unirá à Pi Investimentos para formar uma das melhores plataformas de investimentos em renda fixa e variável do País. Pelo acordo, o Grupo passará a deter 60% de participação no capital social da Toro, que deverá ser a marca remanescente na nova empresa.

A transação, sujeita à aprovação das autoridades, envolverá compra de ações, aumento de capital e aporte de ativos operacionais da Pi, que também emprestará suas cores ao logotipo da nova empresa. O executivo Gabriel Kallas seguirá no cargo de CEO, e o atual CEO da Pi, José Clemenceau, assumirá a função de COO.

“Percebemos que a Pi e a Toro são duas legítimas representantes da mais nova geração das plataformas de investimento. Ambas são catalizadoras da desintermediação e democratização de produtos antes reservados a clientes com mais recursos. Juntas, elas serão protagonistas deste novo momento do mercado brasileiro, quando cada vez mais investidores buscam alternativas aos produtos tradicionais de renda fixa, em busca de rentabilidade, praticidade e segurança”, afirma Alberto Monteiro, vice-presidente executivo de Wealth Management do Santander.

Já o Bradesco comunicou que a recém-lançada carteira digital Bitz, será reforçada com a aquisição da fintech DinDin de forma que os atuais clientes da fintech vão migrar para o aplicativo do Bitz, em um plano de transição que será elaborado após o fechamento da operação. A equipe da fintech criada em 2016 fará parte da empresa do Bradesco. A instituição ressalta o fato de que Stéphanie Fleury, sócia fundadora e CEO da DinDin, é a primeira mulher a vender uma startup para o banco.