Sucessos de Marilia Mendonça viram oportunidade de investimento na fintech Hurst

Os clássicos da sofrência sertaneja como “Ciumeira”, “Serenata”, “Homem de família”, “Sorte que cê beija bem”, ”Não deixo não” entre outros, gravados por cantores de renome como Gusttavo Lima, Maiara & Maraísa, Simone e Simaria, Mano Walter e alguns outros sucessos que ficaram imortalizados na voz da saudosa Marília Mendonça, agora podem fazer parte do portfólio de investidores. Batizada de Hits da Sofrência, a operação lançada esta semana pela Hurst Capital, ecossistema de investimentos em ativos alternativos, conta com 1.704 músicas compostas por Diego Ferrari e Guilherme Ferraz.

A dupla vendeu parte dos royalties musicais para a Hurst Capital, que está disponibilizando para qualquer investidor que queira receber pagamentos mensais a cada reprodução. Entre elas está “Ameaça”, que no Tik Tok chegou a ocupar a 7ª posição na playlist  “50 que viralizaram – Mundo”, do Spotify.

O catálogo ainda vem com uma novidade: vai abranger também as composições dos próximos três anos da dupla. Assim será possível que o investidor busque rentabilidade não só em composições já consagradas, mas também no mercado futuro de royalties musicais dos dois compositores que já registraram mais de 1,2 bilhão de plays somente no Spotify. A operação Hits da Sofrência vem em um momento em que os shows de sertanejo estão voltando e isso fez com que o gênero retorne ao primeiro lugar do Brasil.

“É a operação com a maior quantidade de sucessos do sertanejo que a Hurst já distribuiu. Este é atualmente o maior gênero musical do país, que representa mais de 30% do mercado nacional de música desde 2017, segundo o Spotify Charts”, destaca o CEO da Hurst Capital, Arthur Farache.

A pesquisa da Crowley e Kantar Ibope, realizada em 2020, mostra que a música sertaneja liderou no ano passado o volume de execuções em rádios. No Spotify, 48 das 100 músicas mais tocadas no Brasil na semana de 24 de agosto de 2020 eram sertanejas.  De acordo com dados da própria plataforma, dos dez artistas mais escutados no Brasil naquele ano, sete eram de sertanejo, incluindo as cinco primeiras colocações no ranking. Em relação às músicas, foram oito presentes no top 10, também incluindo os cinco maiores sucessos do ano.

A projeção do cenário base é de uma rentabilidade de 19,14% ao ano, ou 246,97% do CDI. O prazo é de 48 meses. “Investir em royalties musicais é lucrar cada vez que a música toca no Spotify, Youtube, Deezer, shows ou casas noturnas. Assim, um dos grandes atrativos da operação é a descorrelação com investimentos com a B3 e a pouca influência do cenário macroeconômico, o que tem atraído os brasileiros a diversificarem suas carteiras”, afirma Farache. Os recebíveis são oriundos dos pagamentos de royalties sobre os direitos de autor que recaem sobre as obras (composição).

Segundo projeções do banco Goldman Sachs, o mercado de streaming musical mundial deve atingir a faixa de quase US$ 40 bilhões até 2030 e as gerações millenials e Z estão gastando mais da sua renda anual em música do que as gerações anteriores, uma média de US$ 163 ano versus uma média globalizada de US$ 152.

O Brasil tem uma margem grande de crescimento nas plataformas de streaming musicais, com aproximadamente 210 milhões de brasileiros. Dados do Spotify demonstram que o mercado nacional terminou 2019 com 11,8 milhões de assinantes de serviços licenciados de streaming de música.