Fórum Econômico Mundial vê Amazon, Google e Facebook como maiores ameaças do que as fintechs para os bancos

O Fórum Econômico Mundial publicou ontem (22) o relatório “Além das Fintechs: uma avaliação pragmática do potencial disruptivo nos serviços financeiros”. O documento traz como uma das principais conclusões a constatação de que as startups financeiras tiveram menos impacto do que o esperado até o momento no sentido de modificar a paisagem competitiva nos setores bancário e de seguros. O estudo compara a situação atual com o relatório “O Futuro dos Serviços Financeiros”, publicado pelo próprio Fórum em 2015. Ele afirma que gigantes da tecnologia como Amazon, Google e Facebook são ameaças muito mais perigosas às instituições financeiras do que as fintechs.

Em comunicado divulgado á imprensa, os autores da pesquisa explicam que este risco viria do fato de que a computação em nuvem, a inteligência artificial voltada para o cliente e a análise de clientes “grandes dados” são exemplos de recursos que estão se tornando críticos para a diferenciação competitiva das instituições financeiras.

Estas tecnologias são dominadas pelos gigantes Amazon, Google e Facebook que têm uma experiência com elas muito mais profunda do que as companhias de serviços financeiros. A avaliação dos autores é que os efeitos de escala tornarão difícil para as instituições financeiras recuperarem o atraso.

“Os gigantes da tecnologia poderiam escolher seus pontos de entrada em serviços financeiros maximizando seus pontos fortes, como conjuntos de dados ricos e marcas fortes, aproveitando a dependência das instituições já estabelecidas “, disse Jesse McWaters, principal autora do estudo.

Como resultado, as instituições financeiras provavelmente precisarão percorrer uma linha desafiadora entre capitalizar os serviços de grandes players tecnológicos e se tornarem dependentes deles. Para os clientes, a entrada de empresas de grande tecnologia em serviços financeiros pode significar confiar seus dados financeiros e não financeiros à mesma empresa. No caso dos formuladores de políticas, a preocupação precisaria ser séria sobre a melhor maneira de evitar comportamentos anticompetitivos e o uso inadequado de dados pessoais na tomada de decisões.

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