Fintechs brasileiras ajudam venture capital mais que dobrar na América Latina

Os dados da Associação Latino-Americana de Private Equity e Venture Capital (Lavca) registram um crescimento de 128% no volume de investimento do setor em 2017 na comparação com o ano anterior. A entidade afirma que durante os 12 meses do ano passado o montante superou pela primeira vez na região a casa do US$ 1 bilhão tendo o Brasil como o principal protagonista e as fintechs na condição de uma das colunas de sustentação deste movimento de alta.

De acordo com matéria publicada pela revista Época Negócios, as startups brasileiras foram o principal destino de todos estes investimentos, representando ao todo 45,4% do total. Os números referentes ao país mostram a entrada de US$ 859 milhões em 133 negócios. O segundo lugar neste ranking ficou com o México, que obteve 23,7% dos investimentos, que correspondem a US$ 80 milhões em 59 acordos.

A Lavca informa que a maior parte do capital investido na região foi para marketplaces, com 34%, seguido de transportes e fintechs, ambos com 20%. A reportagem revela a explicação de Julie Ruvolo, diretora de estratégia de venture capital da Lavca, para estes resultados. Ela argumenta que as startups de tecnologia da América Latina estão resolvendo problema reais. No caso do Brasil, ela é ainda mais específica ao lembrar que a metade da população não tem acesso a cartões de bancos tradicionais, e que, portanto, há muita oportunidade para fintechs.

Outro dos possíveis motivos apontados para o grande crescimento registrado no ano passado foi a entrada de 25 investidores globais na América Latina. Nomes como SoftBank, The Rise Fund, Telstra Ventures e Rethink Education participaram de rodadas importantes, diz a Lavca. A região também tem atraído a atenção de empresas de tecnologia que querem expandir suas operações, como Facebook, Amazon, Spotify, Netflix, Google, Uber e Airbnb.