Com 25% das ofertas as fintechs lideram investimentos em startups na América Latina

Uma pesquisa divulgada pela LAVCA, Associação para Investimento de Capital Privado na América Latina, revelou que as fintechs foram o tipo de negócio que mais movimentaram ofertas de investimento (deals) na região nos últimos dois anos. As startups financeiras motivaram 25% deste tipo de negociação entre 2016 e 2018.

Intitulado “Inside Another Record Breaking Year”, o estudo realizado pela organização sem fins lucrativos, revela que os investimentos de capital de risco em startups latino-americanas quadruplicaram desde 2016, saltando de US $ 500 milhões para um recorde de US $ 2 bilhões, registrado em 2018.

Segundo reportagem publica pelo portal SEGS sobre o assunto, o Brasil foi o país que mais investiu em startups nos últimos dois anos e liderou o ranking composto por México, Chile, Colômbia, Argentina e Peru, respectivamente.

O levantamento anual revela que o Brasil somou 259 ofertas de investimento, ficando à frente do México, com 89, e do Chile que obteve 49, em 2018. O unicórnio brasileiro, Ifood, foi a startup que mais recebeu aportes, alcançando a marca de US $ 500 milhões, seguida da colombiana Rappi, que recebeu dois grandes investimentos (US $ 217 e US $ 185 milhões) e as brasileiras Nubank (US $ 150 milhões) e Loggi (US $ 111 milhões).

Em relação aos valores investidos, o setor de logística e distribuição recebeu a maior quantia de aportes, com 46%, seguido das fintechs (25%) e o setor de transportes (7%).

Citada na pesquisa na fase de seed (investimento semente), a Bossa Nova Investimentos é líder absoluta sendo responsável por 1 em cada 4 aportes realizados na América Latina, em 2018. A empresa fechou o ano com 115 deals e pretende fazer 150 novos aportes em 2019.

De acordo com o CEO da Bossa Nova, Pierre Schurmann, os números comprovam que há um potencial assombroso no Brasil em relação a novos negócios e um mar imenso em que se pode navegar. “O mais importante, neste sentido, é aproximar as startups promissoras de investidores qualificados”, revela Schurmann.