Fintech de investimentos em ativos alternativos firma acordo para comprar a corretora Orla

Na sexta-feira (7) a fintech Hurst informou ter assinado um acordo vinculativo para adquirir 100% das ações da Orla DTVM S.A. Enquanto aguardam pelo cumprimento das condições precedentes, inclusive a aprovação do Banco Central, a Hurst e a Orla firmaram também uma parceria operacional com objetivo de explorar atividades de distribuição de valores mobiliários.

A operação tem por objetivo ampliar o volume de colocação privada e oferta pública dos ativos hoje já originados pela Hurst para family offices, gestoras e estrangeiros e, de varejo, via crowdfunding de investimento regulado pela CVM.

A Hurst é uma fintech fundada em 2017 por profissionais que vieram do mercado financeiro e que se dedicaram a criar tecnologia para originar, estruturar e distribuir ativos alternativos, como precatórios, recebíveis, imóveis e, mais recentemente, royalties de música.

Ao todo, a plataforma já originou mais de R$ 400 milhões para mais de 3.000 investidores de 10 países. Para 2020, a expectativa é de que a originação cresça R$ 200 milhões. “A baixa taxa de juros e o alto risco do mercado acionário têm impulsionado a busca por ativos alternativos que antes eram inacessíveis para investidores pessoas físicas. Diante deste novo cenário, registramos um crescimento da demanda em 300% nos últimos 3 meses”, explica o sócio e CIO da Hurst, Leonardo Vianna.

Atualmente, o crescimento da Hurst, de certa forma é limitado pela estrutura de crowdfunding. “Nossos clientes institucionais se sentem mais confortáveis em adquirir valores mobiliários mais conhecidos. No caso do varejo, o tamanho máximo da oferta é de R$ 5 milhões. Vamos otimizar todo o processo de colocação privada e oferta pública de valores mobiliários por meio da tecnologia a fim de levar ativos alternativos ao mercado de capitais”, afirma Arthur Farache, CEO da Hurst.

De acordo com o executivo, ainda há muito desconhecimento do mercado sobre como funcionam os investimentos nessa classe de ativos. Por conta disso, muitos investidores se sentem inseguros em realizar aplicações. “Este foi outro motivo muito importante que nos levou a buscar uma instituição financeira regulada pelo Banco Central e pela CVM, pois passamos a ser regulados, podemos fazer ofertas maiores e dar mais segurança aos futuros investidores”, diz.