Criadores de fintechs amadurecem e miram expansão de suas operações para os EUA

Normalmente associado a jovens em início de carreira, o perfil dos executivos à frente das fintechs brasileiras começa a mudar com a presença cada vez maior de profissionais que ostentam maior experiência. Além disso, outra característica surpreendente é a visão global para a operação de seus empreendimentos. Estas são as principais constatações de uma pesquisa feita pela consultoria PwC no ano passado.

De acordo com o portal da revista Época Negócios, os números foram revelados por Luís Ruivo, sócio da companhia, durante o evento Fintouch 2021, ocorrido na sexta-feira (16). A publicação afirma que , segundo o estudo, 45% dos fundadores de fintechs nacionais  têm entre 30 e 45 anos, sendo que 60% possuem pós-graduação, mestrado ou doutorado e mais da metade tem formação nas áreas de administração ou tecnologia da informação.

A reportagem informa que  40% das empresas dizem que pretendem atuar também nos Estados Unidos, sendo que 24% delas já têm operações no exterior, com destaque para países como o México.

A pesquisa da PWC diz ainda que aproximadamente 23% das empresas do setor têm receita bruta de até R$ 350 mil, enquanto 20% ainda não apresentam faturamento. Com relação aos segmentos em que elas atuam, 21% estão no setor de crédito, financiamento e negociação de dívidas, enquanto os bancos digitais são apontados como uma área de expansão.

O público alvo destas iniciativas tem 25% focado nas pessoas físicas, enquanto a grande maioria trabalha principalmente com pequenas e médias empresas e apenas 10% têm foco nas grandes empresas. Para crescer, 77% está em busca de recursos, com 36% delas pretendendo captar entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões.