Especializada na originação de ativos alternativos como royalties musicais, obras de arte e metaverso entre outros, a Hurst Capital acaba de lançar sua primeira operação financeira voltada ao cinema. Trata-se do filme Swimming Home, gravado na Grécia com coprodução brasileira. Além de boa rentabilidade aos investidores, a iniciativa é uma alternativa a mais de financiamento da indústria cinematográfica nacional, que atualmente conta com poucos mecanismos privados capazes de fomentar o setor.
Segundo a diretora responsável pela operação, Ana Gabriela Pereira Mathias, a entrada da Hurst no financiamento de filmes faz parte de um projeto maior em que a fintech começa a se transformar em um ecossistema de investimento em entretenimento. “Na música há grandes conglomerados de mídia com acesso a artistas e catálogos e que investem no segmento. Mas para filme está bastante escasso. A operação da Hurst é inédita e representa dinheiro novo para a indústria cinematográfica”, afirma a diretora.
Ambientado na Grécia, Swimming Home é baseado em obra literária homônima da escritora britânica Deborah Levy, finalista do Man Booker Prize de 2012, o mais importante prêmio literário da Grã-Bretanha. O filme conta com a participação de artistas de renome como o ator estadunidense Christopher Abbot, que teve importantes participações em séries como The Sinner (Netflix), Girls (HBO) e em filmes como Ele vem à noite (2017).
Também integram a trama a atriz canadense Mackenzie Davis, que esteve no elenco dos filmes Blade Runner 2049 (2017), O Exterminador do Futuro: Dark Fate (2019) e em séries como Black Mirror (Netflix) e a atriz greco-francesa Ariane Labed, que participou da produção francesa Fidelio: A odisséia de Alice (2014), Maria Madalena (2018) e também na série da Netflix, Black Mirror, entre outros. Swimming Home é dirigido pelo roteirista e diretor de cinema Justin Anderson.
Responsável pelo processo de avaliação da obra cinematográfica a ser originada, a Gerente de Gerente de Novos Investimentos em Filme, Victoria Castelli, explica que há bastante otimismo com relação ao sucesso da operação porque o filme conta com nomes de peso e está sob responsabilidade de produtores de renome com participação em diversas películas premiadas, inclusive com Oscar.
“A produção será inscrita em diversos festivais e temos bastante confiança na boa aceitação do mercado internacional. Além disso, como a operação financia parte da obra, estarei presente durante as gravações para acompanhar todo o andamento e ter a certeza de que os prazos serão devidamente cumpridos”, diz Victoria.
Operação
Esta nova operação da Hurst está disponível na plataforma desde 31/10. A expectativa é de rentabilidade de 17,47% no cenário base, cujo prazo é de 16 meses. Em um cenário mais otimista, de 16 meses, o retorno pode chegar a 35,35% e no mais pessimista, 24 meses, a 3,19%. O aporte mínimo é de R$ 10 mil, e a operação será feita em duas tranches, uma neste mês e outra dentro de quatro meses.
“Assim como as operações com royalties musicais e obras de arte foram um sucesso, temos certeza de que esta iniciativa voltada ao cinema também cairá nas graças dos investidores e se tornará um novo caminho para financiamento da produção nacional e internacional. Uma forma diferente e necessária para o setor cresça”, acrescenta Arthur Farache, CEO da Hurst Capital.
Uma das razões para a Hurst dar início a operações financeiras com produções audiovisuais é o fato de se tratar de uma indústria mundialmente consolidada. Além disso, segundo a Motion Pictures Association, o gasto com produções independentes de obras audiovisuais foi de US$ 115 Bilhões em 2019, aumentando para US$ 144 bilhões em 2020. Este valor representa mais da metade dos gastos totais com conteúdo em 2020. Conta também o fato de que o cinema e a TV não são mais as únicas plataformas existentes para exibição de filmes. Streamings como Netflix, Globoplay Prime Video, entre outros, são canais que investem muito na compra das produções cinematográficas
